sábado, 30 de novembro de 2013

Cicloturismo pelo Chile e Argentina - 7º dia

Este mapa mostra a segunda parte dos pontos turisticos que passei pela região de San Pedro de Atacama até a divisa com a Argentina.

Nos próximos dias eu iria descobrir com meus próprios olhos o porque desta cidade ser tão conhecida então a partir de agora o blog se transforma mais num blog de turismo que de cicloturismo mesmo.

As opções de passeio são várias, vou citar as opções e depois conto como foi.
Pukara de Pukor
Valle de la Luna
Valle de la Muerte
Salar do Atacama
Lagunas Altiplânicas
Toconao
Geisers del Tatio

E outras que em razão do tempo ou financeira mesmo não conheci como:
Ojos del Salar
Laguna del Sejar
Termas de Puritama
Museo Arqueológico
Tours Astronômicos
Salar de Uyuni

Estes últimos eu fiz na segunda vez que voltei a San Pedro justamente porque a vontade de quero mais não me deixava esquecer este lugar, que não pode ter qualificação menor do que Fantástico!!!!

O Salar de Uyuni não é no Chile eu sei, fica na Bolívia, mas faz parte do roteiro. Muitas agências de turismo tem passeios que saem e/ou chegam de Uyuni a partir daqui.

Também é um passeio inacreditável que algum dia conto por aqui.

Bom... estava de frente de todas estas opções e pra me ambientar resolvi fazer os mais próximos e que eu podia ir de bike.

Comecei então pelo mais próximo Pukara de Pukor


Comecei a descobrir que na maioria dos passeios você tem que pagar entrada para as comunidades indígenas que tomam conta do lugar.

Pra fazer o passeio de Pukor tinha que ter levado corrente pra prender a bike na entrada, depois você caminha por uma trilha até chegar no topo de um morro mas como eu não estava com a corrente só fiz a parte de baixo que não precisava pagar.

Sobre prender a bike com corrente infelizmente se faz necessário pois aqui não é nenhum santuário tibetano portanto furtos, inclusive em quartos de pousadas são muito comuns.

Pukor é um sitio arqueológico com algumas esculturas e algumas cavernas que podem ser vista nas fotos abaixo.



Isto estava inteiro quando fui em 2009, quando retornei em 2013 a região tinha sido castigada por raras chuvas torrenciais que danificaram boa parte da cidade e também estes pontos turísticos, triste de ver.

Saindo dali fui em direção ao Valle de La Luna, que ganhou este nome por seu terreno ser comparado ao visual Lunar.

No caminho passei pelo totem da entrada da cidade que mostra o que pode ser feito por alí.


Mais a frente depois de uma boa subida tem-se uma visão parcial do Valle de La Luna




Também se consegue uma boa visão da entrada do Salar de Atacama, aquela área branca ao fundo.


Ainda não estava aclimatado então resolvi voltar e conhecer um pouco mais a cidade e agendar os passeios dos dias seguintes.

O marco da cidade é sua simples e charmosa Iglesia de San Pedro que ganha uma bela iluminação a noite.




Figura marcante na paisagem que vira ponto de referência é o imponente Vulcão Licancabur







Como já disse San Pedro é uma cidade pra gringo ver e eles vem ver mesmo, muitos, de todos os cantos o que encarece muito a cidade.

As ruas de San Pedro são estreitas e se você estiver de carro dependendo de onde você está pode ser necessário contornar todo o centro pra voltar uma rua.

Um pouco mais afastado do badalado centro ficam as casas dos moradores da cidade que por vezes mais parecem favelas. São poucas ruas com asfalto, casas de folha zinco e teto baixo.

O teto baixo explica-se por causa do frio, quanto menos área, mais fácil de aquecer o ambiente.


A principal rua a Caracoles que ganha grande movimento a noite concentra a maior parte do comércio, caixas eletrônicos, lojinhas, restaurantes e agências de turismo que estão em todas as esquinas e travessas.



Vale a pena pesquisar em várias delas pra conseguir um bom preço e lembre-se que preço também envolve qualidade então, nem sempre a mais barata vale a pena. Olhando a estrutura da agência pode-se ter uma ideia se dão atenção aos detalhes mas isto também eventualmente não diz muito pois a agência que contratei para o Salar de Uyuni é uma portinha e é a mais conceituada para este passeio e realmente a estrutura é melhor, ou menos pior.

Eu marquei os passeios do dia seguinte para os Geisers del Tatio e Valle de la Luna com a Grado 10 que fica próximo a igreja e o diferencial deles é o carro de transporte que na verdade é um caminhão adaptado para passageiros.

Em frente a Grado 10 existe um comedor que vende pedaços de frango com batatas fritas a um preço muito bom.

Comprei então 1/4 de frango com fritas grandes e voltava a comer normalmente mas os dias anteriores sem comida cobravam seu preço e emagreci bastante.

Voltei para o camping que tem uma estrutura bem básica e o banho quente é só em determinado horário, eu só peguei um dia.

Me preparava para o passeio dos Geisers del Tatio que sai umas 4:30h da manhã e me dei conta que não tinha despertador.

Fui conversar com meus amigos Holandeses que faziam o almoço e quando falei que precisava de um despertador a garota sem pestanejar sacou o relógio que estava no seu pulso e me deu... receptividade bem diferente do dia anterior...

Saí pra dar uma volta no final da tarde pela cidade e foi quando um outro aspecto da viagem começou a pesar... a saudade da minha mulher.

Essa viagem serviu para muitas coisas, entre elas dar valor a sentimentos que eu achava que conseguiria tirar de letra mas que mostraram seu peso.

Pressões como não saber onde vai dormir na noite seguinte, como será o caminho até lá, não ter alguém pra conversar e dividir as experiências, não falar seu idioma, gerenciar os recursos e etc, fazem parte de qualquer cicloviagem dessa esfera e nessa hora o psicológico começava a mostrar suas fraquezas e forças.

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