quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Cicloturismo pelo Chile e Argentina - 1º Dia

O mapa abaixo dá uma idéia da localização dos pontos turísticos por onde passei.




Saí da rodoviária e tinha uma decisão a tomar, ir procurar um hostal ou ir conhecer alguns pontos turísticos da cidade que ficavam em direções opostas um do outro?

Como era de manhã e normalmente as diárias se iniciam na parte da tarde escolhi seguir para os pontos turísticos.

Antofagasta é uma cidade a beira do oceano Pacífico e está localizada na mesma latitude (ou será longitude?) de São Paulo então por lá também passa o Trópico de Capricórnio e sabia que havia um monumento e lá fui.

Pouco antes de chegar lá uma placa me dava as boas vindas ao deserto e também uma sensação estranha dos "perigos" que deveria esperar pela frente onde eu seria meu mecânico:


Antes do monumento ao Trópico de Capricórnio outra foto curiosa simplesmente por não ter nada próximo ao redor a não ser o monumento que não passava de uma estrutura metálica.


E finalmente o monumento



Ali perto também existe o monumento natural de La Portada que a foto não mostra a grandiosidade e toda a beleza deste lugar fantástico.




Fiquei algum tempo deslumbrado contemplando a paisagem, conheci alguns brasileiros (sempre têm em qualquer lugar, né??!!) e comecei a pedalada de volta pra cidade.

Ao chegar resolvi ir beirando o mar e pra minha felicidade existia uma ciclovia.


E também belas praias mas que o vento forte e frio não estimulava um mergulho.


Pedalando pela ciclovia um senhor acena e grita: Brasil grande!!!

Um pouco mais a frente resolvi parar em uma loja de conveniência de um posto de combustível pois ainda não tinha conseguido comer nada, absolutamente não sentia fome mas queria me forçar a comer.

Não achei nada que desse vontade de comer então comprei água e um sorvete Magnun e na hora de pagar não encontrava meu dinheiro e um rapaz que estava atrás de mim se ofereceu pra pagar, alegria de qualquer cicloturista, no mesmo instante encontrei o dinheiro e agradeci a gentileza.

Tentei tomar o sorvete mas não consegui e com dor no coração joguei o sorvete praticamente inteiro no lixo.

Chegando ao centro uma curiosidade, pelo menos pra mim. Até hoje não sei se são leões-marinhos ou focas


Um pouco mais a frente ví um grupo de, não sei, pareciam malandros que ficaram olhando eu me aproximar e achei que fariam alguma coisa ruim então resolvi tocar minha busininha tipo sininho e acenar o que conquistou todos que me saudaram alegremente.

Comecei a buscar um hostal e encontrei um bem antigo, mal cuidado e barato mas não sujo.

Tomei banho e saí para conhecer mais a cidade e encontrei um grande shopping com direito até a um restaurante da rede Fryday´s com uma grande loja anexo de Home Center onde procurei álcool para o fogareiro mas com indicação dos funcionários encontrei a única coisa inflamável: benzina.

Antofagasta, como várias cidades na região norte do Chile, se desenvolveu em virtude da exploração e exportação de cobre pelo seu porto.


É também uma cidade espremida de um lado pelo oceano e pelas montanhas do outro como pode-se ver nessa foto onde a rua literalmente sobe o morro:


Nesta parte a cidade é bem cuidada, tem uma linha de trem que corta a cidade e um pouco mais a frente existe um cassino que tem uma iluminação interessante.


Outra curiosidade, um prédio com pinturas realistas que enganam um olhar menos observador.


Tentei comer algo no shopping mas a única coisa que consegui foi engolir batatinhas fritas e jogar fora um Wrap.

Andei mais um pouco pela cidade mas era domingo e, fora o shopping, estava tudo fechado.

Voltei então para o hostal pra me preparar para o pedal do dia seguinte e constatei que mesmo com a temperatura amena o sol queima bastante, talvez em razão do vento constante não percebi e ganhei as primeiras marcas da viagem.