sábado, 30 de novembro de 2013

Cicloturismo pelo Chile e Argentina - 14° Dia

Mais um dia de 100km pela frente.

Me perdi um pouco pra sair da cidade.

Quando consegui chegar na estrada sabia que em algum momento teria que sair da estrada principal e pegar uma estrada secundária mas não tinha certeza de onde eu estava.

Um rapaz numa bicicleta vinha em minha direção e tentei pedir informação mas o mesmo passou direto mesmo eu gritando falando Hey Amigo!! Por favor!! Holla!!!

Parecia que eu não existia... mais um que fugia de mim.

Segui e encontrei a estrada correta e assim que entrei nela um senhor me chama e pergunta por que eu estava indo por aquela estrada e eu respondi que era o caminho mais curto pra Salta e ele falou que era uma estrada feia fazendo gestos de muitos sobes e desce.

Neste mesmo momento encostou um casal de cicloturistas franceses em uma incrível tandem e começamos a conversar e falei do comentário do senhor e concluímos que estávamos no caminho correto que realmente era o mais curto.

Começamos a pedalar e duas ciclistas passaram por nós.


No começo eu me esforcei pra tentar acompanhar o ritmo dos franceses mas era impossível. Não tinha como vencer dois ciclistas em uma bicicleta e eles foram se distanciando.

Voltei a ficar sozinho novamente e cheguei na região dos diques.


Notei que os argentinos assim como os chilenos também fazem grandes homenagens aos falecidos na estrada só que aqui predomina bandeiras na cor vermelho grená. Depois descobri o porquê mas não me lembro no momento, parece que tem algo a ver com um menino que eles chamam de Gauchito.


Mais a frente ví as duas ciclistas que haviam passado por mim e eles me chamaram falando que meus amigos tinham errado o caminho e entraram na cidade de El Carmen que eu havia passado a pouco.

Expliquei que não eramos amigos e que nos conhecemos no mesmo momento que elas nos passaram e conversamos mais um pouco e fiquei abismado em saber que uma delas era mãe de 5 filhos.


Elas contaram que eram de Salta e que haviam ido passar a noite em Jujuy e agora estavam voltando pra casa.

Partimos e elas logo se distanciaram.

A estrada, diferente do que o senhor havia dito, era muito bonita e muito estreita de forma que só dava pra passar um carro em muitos trechos porém o fluxo era nos dois sentidos mas quase não passavam carros.


Vira e mexe eu conseguia ver alguns lagos.


Passei por umas placas que diziam alguma coisa de dedos e em determinado momento resolvi tirar uma foto do 3º dedo.


Passei depois pelo quarto e quinto dedos e a frente descobri o que significava.


Depois deste trecho começou uma serra e encontrei novamente minhas novas amigas. Conversamos mais um pouco e elas partiram.

Começou a descida e minha água acabou.

Eu via muita água do meu lado mas não havia como chegar até ela e não tinha nenhum lugar pra comprar nada.


Parei numa sombra na entrada de um sitio e tentei chamar mas ninguém atendeu.

Era frustrante ter tanta água por perto e eu não tinha acesso a ela.


Foi quando um rio começou a correr do meu lado e desci um barranco pra conseguir água que estava uma delícia... nem lembrei que tinha Hidrostéril na bagagem pra estas situações.

Logo a frente começou a aparecer alguns comércios e parei em um deles e os franceses apareceram novamente.

Eles falaram que pararam em El Carmen propositalmente pra comprar água.

Seguimos então para Salta e eu achava muito interessante a bike deles e a posição de pedalar da garota que em alguns momentos ia lendo um guia enquanto o rapaz cuidava do caminho.


Me esforcei bastante mas consegui acompanha-los pelos 8km que faltavam até chegar em Salta.

Na cidade vi a dificuldade de manobrar este monstro pelas ruazinhas da cidade, sem contar a atenção que ela chama.

Em Salta encontramos um hostal e nos instalamos.

Mais uma fotinho dessa bike que anda muito mas é muito complicado pra começar a pedalar quando está na subida.



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