quarta-feira, 23 de abril de 2014

Viagem ao Centro-Oeste - Dia 3

Tive uma boa noite de sono só abalada pelo galo do vizinho que parecia ter invadido o quarto de tão alto que gritava e isso era umas 3 da manhã. Nem lembrava como galo cantava mas não vou esquecer por um bom tempo.

Sabia que a viagem começaria a exigir mais do meu preparo a partir de hoje e saí logo cedo, depois do café com direito a suco de laranja com beterraba e cenoura preparado pela Dona Ramisa.



Percebi que não gosto nada de despedidas e mesmo com pessoas que conheci a 1 dia não é uma coisa fácil de se fazer. Mais uma vez volto a agradecer ao Antônio e a Dona Ramisa pela estadia.


Saí de Santa Fé e logo avistei o imponente Rio Paraná e também a extensa ponte que teria que atravessar.


Sabia que era proibido atravessar de bicicleta mas dei uma de louco e fui seguindo e não vi ninguém com intenção de me deter e lá fui eu pelo cantinho da pista cruzar os 3.800 metros da ponte.




Foi uma sensação muito boa que senti enquanto olhava para a vastidão de água que passava por baixo de mim.


Logo saí da ponte e já estava em Mato Grosso do Sul e como num sonho que vira pesadelo a estrada fica horrível.


Horrível por um bom trecho até depois de Aparecida do Taboado,  terra da música que fala de um fulano que ficou 60 dias apaixonado, conheço a música mas não a letra.


Parei em uma barraca pra comprar água e alguma coisa pra comer e alguns caminhoneiros vieram com as perguntinhas básicas: De onde veio? Tá indo pra onde?

Quando falei que tinha saído de Votuporanga que era relativamente perto eles meio que deram risada da minha cara como se eu não tivesse ideia do que estava fazendo e a partir desse momento resolvi que iria mudar o discurso e aumentar um pouco a viagem pra não sofrer este tipo de situação que eu achei desmotivante.

Porra Poxa vem você aqui pedalar pra ver o que é bom alguém tirar barato da sua cara!!!

Depois de Aparecida do Taboado a estrada está sendo recapeada mas é de pista simples, pelo menos o acostamento é transitável para minha bike com pneu 1.5.

O sobe desce ainda faz parte da rotina e depois de um belo almoço feito em fogão a lenha em um restaurante na beira da estrada, o Sol que até então aparecia entre nuvens ficou forte no céu azul e mais um conhecido inconveniente fez questão de se juntar a equação, o vento contra.

Enquanto em São Paulo existem muitas placas indicando passagens de animais silvestres, aqui em MS estes pobres animais são vistos aos pedaços pela estrada, são corujas, tatus, cachorros do mato, tamanduás bandeira e alguns que não reconheci mas que não tiveram sorte ao cruzar a estrada.

Fiz várias paradas e com uma média horária muito baixa cheguei a Paranaíba.

Peguei um hotelzinho bem barato e nem vou sair pra dar uma volta na cidade.

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