segunda-feira, 22 de julho de 2013

Muito prazer

Me empolguei tanto falando da minha relação com as bicicletas que esqueci de me apresentar:

Meu nome é Maurício Rodrigues, tenho 40 anos (muitos destes sobre alguma bicicleta) e trabalho como analista de sistemas, administrador de redes, manutenção de equipamentos e etc.

Talvez por essa relação tão próxima com um objeto que muitos acham coisa de criança me considero muito mais jovem do que as velinhas insistem em desmentir todos os anos.

Adoro serviços manuais e passar o final de semana desmontando e limpando uma única bicicleta não é nenhum sofrimento, pelo contrário, hoje é meu passatempo.

Aprendo sobre bicicletas todos os dias e por isso mesmo sei que o que hoje é uma verdade amanhã não passa de mito. O que pra uns é viadagem não é necessário, pra outros são itens indispensáveis.

Não sou ciclo ativista e nem tento convencer ninguém a se tornar ciclista mas defendo veementemente que a bicicleta é o melhor meio de interagir com a cidade, com as pessoas e com a saúde e fico feliz em ver amigos antes sedentários descobrindo os benefícios de uma boa pedalada e faço gosto de ajudar e passar um pouco de experiências com equipamentos, lugares e outras dicas.

Uso a bicicleta como meio de transporte diariamente na cidade de São Paulo e sei que, mesmo que, a definição de Via seja um caminho para as pessoas irem do ponto A para B (não necessariamente dentro de veículos), algumas delas não são seguras para uso da bicicleta embora que por lei devessem ser.

Acredito que é melhor, em vias movimentadas, andar pela calçada desde que estas não sejam tão movimentadas assim. 
Exemplo: 
Av. Paulista = Rua, 
Av. do Estado = Calçada

Prefiro (desde que com muita segurança) sair na frente dos carros furando o farol enquanto ele está vermelho do que sair junto com eles quando o farol abre pelo simples motivo que eles ganham velocidade muito mais rápido que uma bicicleta.

Acho controverso a indicação de em estradas andar no acostamento no sentido dos veículos. Muitos defendem que na contra-mão a velocidade do carro é somada com a velocidade do ciclista causando mais danos porém, prefiro ter, mesmo que mínima, a chance de desviar (ou pelo menos saber o que me acertou). Já ví apostilas da Polícia Rodoviária Federal indicando para pedestres e ciclistas andarem na contra-mão justamente pra ver o que vem ao seu encontro. Tenho como ponto de decisão a qualidade do acostamento e vou pelo lado que este estiver mais preservado desde que seja possível fazer esta escolha antecipadamente.

A ciclo-faixa montada aos domingos e feriados na Cidade de São Paulo não é lugar pra speedeiros acelerarem mas também não devem ser ocupadas totalmente por grupinhos de amigos ou casais que não dão passagem pra quem quer andar um pouco mais rápido.

Gosto de descer acelerado por pirambeiras e single tracks técnicos mas não dispenso pedaladas por trilhas largas e tranquilas. Adoro chafurdar na lama mas também gosto de ter minha bike limpinha.

Perco tempo pesquisando em sites e mais sites, lojas e mais lojas até encontrar exatamente o que preciso ou o farol que pisque do jeito que eu quero.

Pedalo de manhã, de tarde, de noite, de madrugada, sozinho, em grupos, com chuva, vento, frio, calor, no asfalto, na terra, pelo litoral, pelo interior, cidades, desertos, trechos planos, descidas e subidas (tah... dessa última não gosto muito mas não tem como fugir né?!?!).

Não discrimino barras-forte, ciclistas de chinelo ou com sapatilhas de carbono, sejam homens ou mulheres. Já tomei e ainda tomo muito pau de todos eles...

Não consigo pedalar sem capacete, luvas e sapatilhas.

Não bebo antes de pedalar, mas depois...

Isto é pouquinho do meu ser ciclista.

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