terça-feira, 23 de julho de 2013

Eu e o Cicloturismo

O cicloturismo entrou na minha vida desde que comecei a pedalar.

Com a minha primeira bicicleta não podia sair da frente de casa isso deve ter causado algum trauma ou deveria ser algo mistico parecido com a síndrome do caçula que quer ser o desbravador da família ou simplesmente a vontade de conhecer novos lugares.

Eu ficava sempre pensando o que teria na rua de trás e na outra e depois daquele morro e do outro.

E a bicicleta era o transporte ideal porque não precisaria de dinheiro ou que alguém me levasse, apenas vontade, que eu tinha de sobra.

O tempo passou, já podia andar pelo bairro, tinha uma certa liberdade mas não era dono do meu nariz.

Fiz alguns passeios de um dia, como por exemplo até Jacareí e Jundiaí mas ainda tinha que voltar no mesmo dia, queria mais, ir mais longe, sempre tinha outro morro que queria subir, saber o que tinha depois da próxima curva.

O tempo passou mais ainda, já era proprietário do meu nariz só que agora tinha obrigações que me impediam de dar asas aos meus sonhos.

Numa das encruzilhadas da vida acho que fui empurrado por algo divino ou apenas pelas circunstâncias e vi que podia sim realizar meu sonho e de quebra ter tempo pra pensar na situação que me encontrava.

Nisso, no ano de 2004 acontece minha primeira aventura como cicloturista de mais de um dia, uma viagem de São Paulo até Ilha Grande no Rio de Janeiro, artigo pra outro post.

Pronto já estava completamente realizado mas não satisfeito, continuo querendo sempre mais e mais.

Em 2009, o grande voo, desta vez em outro país, sem chance de ter suporte imediato de um carro de um amigo, falando outra língua e realmente longe de tudo o que me era comum, uma cicloviagem pelo Deserto do Atacama no Chile passando pela temida Cordilheira dos Andes e terminando na Argentina, realmente um passeio de gente grande.

No próximo mês estou programando um desafio particular, um pedal de 800km até a casa de minha irmã que há tempos reclama que não vou visita-la... Calma maminha, vou devagar mas vou chegar.

Provavelmente este passeio tentarei escrever dia-a-dia aqui no blog pois as viagens de bike são sempre tão intensas, acontecem tantas coisas em um único dia, que se você não escreve logo alguns fatos só são relembrados quando você passa por uma cena que te faz lembrar tal acontecimento e outros se perdem para sempre.

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