terça-feira, 23 de julho de 2013

Minha primeira aventura como cicloturista

O texto abaixo foi a primeira versão que escrevi sobre a viagem no ano de 2004 e resolvi manter muitas coisas porque reflete bem o que eu sabia e sentia na época.
A qualidade das fotos não é boa porque as máquinas digitais estavam apenas entrando no mercado brasileiro.



Foi tudo muito rápido, em 15 dias consegui tirar férias no serviço, mandei a bike para uma revisão e colocação de bagageiro e o alforge e escolhi um roteiro (Litoral Norte de Sampa até Ilha Grande no Rio), veja, escolhi apenas a direção e alguns pontos que gostaria de conhecer, mas não procurei local para hospedagem ou alimentação. Achei que me daria mais liberdade ainda.



Estava cerca de dois meses sem pedalar e gostaria de me preparar um pouco indo, como fazia costumeiramente, ao serviço de bike, porém a aquisição do alforge atrasou um pouco então peguei a bicicleta na véspera da viagem.


Procurei na Internet informações sobre o que levar, comer e etc. e descobri vários sites interessantes e em um encontrei uma listagem das coisas que deveria levar e me ajudou muito, pois, com certeza iria esquecer muitas coisas.

Bike pronta - observe que minha bicicleta não é a mais indicada para este tipo de atividade, pois tem amortecedor na traseira, o que não permite um bagageiro fixo como os das bicicletas barra forte, mas encontrei um bagageiro que fica preso apenas no canote do selim, só que sua limitação é de 9KG e eu estava com pelo menos 20Kg de bagagem.





A viagem era de apenas 15 dias, mas é inverno e a previsão do tempo não era nada otimista então me preparei bastante pra não ficar na roubada, mas acabei carregando peso morto pois o Sol brilhou a viagem inteira, maravilha!!

Achei interessante fazer um diário apenas agora pois assim lembraria de toda a viagem. A única coisa que anotei foram as distâncias percorridas, vamos lá:

Domingo 25/07 (Primeiro dia) – Odômetro inicial 93KM
Ansioso, acordei antes do despertador (5:30h), com lágrimas, melhor, suor no rosto saí as 6h rumo ao Jabaquara e como não havia me dado conta os alforges ficavam muito próximos do ciclo do meu pé no pedal e raspava constantemente o que me forçava a pedalar sempre com o meio do pé. 
Minha intenção era descer a Anchieta ou a Imigrantes, esquece, proibido. 
Tentei encontrar informações sobre a Calçada do Lorena que se conecta na Estrada Velha de Santos, e que por sua vez também não é permitida. Enviei e-mail´s pra quem encontrava na Internet e conhecia as manhas do caminho mas não tive retorno. 
Informações que encontrei como o guard-rail do KM42 são raras e pouco esclarecedoras pra quem estava cheio de bagagem.
Uma hora e apenas 10KM depois na rodoviária já esperava algum tipo de hostilidade, mas eu era apenas uma figurinha muito diferente e fui disputado nos guichês das companhias e o único problema foi ter que retirar toda a bagagem tão carinhosamente arrumada na noite anterior.
Na rodoviária de Santos me dirigi para a balsa que fica bem próximo. Aliás, Ailton me desculpe, mas o lugarzinho feio!!!
Perdi a barca que estava aportada, pois não conseguia retirar a carteira da mochila então aprendi a primeira lição: Mantenha um pouco de dinheiro sempre a mão.

No Guarujá me deparei com uma ciclovia, coisa que só vi nas proximidades do Ibirapuera e nem se compara. Seguindo até a praia Enseada resolvi parar em uma barraca de frutas e lá começou a bateria de perguntas que eu iria escutar muitas vezes na viagem inteira – Tá vindo/indo de/prá onde? Mais algumas respostas e curiosidade morta acho que ajudou pois ganhei meia dúzia de bananas.

Passei pela orla bem cuidada e peguei pela primeira vez o que volta a ser a BR-101 ou Rio-Santos (Correção, não é a BR nem Rio Santos) até a Prainha Branca que tem acesso por uma escadinha bem ao lado da balsa para Bertioga. Muita força bruta e venci os degraus e depois a trilha – bom não vai mais ser bem uma trilha, pois o pessoal está calçando com pedras e cimento – que leva a pequena vila e facilmente encontrei uma pousada, acho que era a mais cara da vila (R$20,00).
Curti a praia e me empanturrei com o Festival da Tainha que acontecia na Vila.
Hoje tem jogo do Brasil X Argentina pela final da Copa América. Tomei um banho e saí a caça de uma TV e como não podia deixar de ser no único botequinho da vila encontrei uma. 
Só tinha o dono do “estabelecimento” e pra não ficar chato comprei uma Coca e fiquei confortavelmente sentado naquela cadeirinha de ferro até que começou a chegar toda a (meia-dúzia) comunidade dos pescadores consumidores do local, tive que me levantar. Valeu a pena! Brasil campeão!

Segundo dia – Odômetro inicial do dia 152KM
Acordei cedo e resolvi voltar sem bagagem uns 6KM pra conhecer a praia de Iporanga que eu havia passado no dia anterior, mas não tive coragem de entrar por causa da grande subida de boas-vindas. 
Muito bonita e bem conservada. Também só tem casas de alto-padrão.

De volta para a Prainha. Primeira baixa - descobri que perdi meu óculos de sol, nada que um Vale-Refeição não recupere. 
Bagagem recolocada e novamente força bruta, peguei a Balsa para Bertioga (muito melhor que a de Santos e não cobrou os descabidos 75 centavos).

Seguindo pela Rio-Santos depois de Boracéia resolvi entrar na estradinha de terra para me manter o mais próximo possível da praia, péssima escolha, ao parar para um xixi básico deixei cair um segundo óculos de sol depois de andar 1,5KM tive que retornar ao local. 
O sacolejar da estrada adiantou a provável quebra do bagageiro e os alforges começaram a pegar nos raios - Primeiro problema real. 
Depois da gambiarra (segunda baixa, esqueci o alicate na mureta) eu conseguia andar lentamente o que me atrasou muito e me obrigou a andar pela a noite – Prática totalmente desaconselhada, mas eu contava com um farol e um pisca traseiro que me deram uma certa segurança.

Chegando em Camburi comecei a perguntar pelo Albergue da Juventude e depois de algumas caras que mostravam que eu ainda teria que pedalar bastante, segui a indicação de que encontraria o mesmo no final da estradinha de terra. 
Passei por caminhos que me mostravam que estava na direção errada, mas queria pagar pra ver e no final desta estradinha achei que iria mesmo pagar – Dei de cara com um portão que se iluminava por um salvador sensor de presença e sem nenhuma indicação que era o albergue, muito pelo contrário, alertava a presença de cachorros e foi o que percebi ao me virar e ver que os latidos eram acompanhados de vultos de dois dobermans e um rotveiller que já cercavam o único caminho que eu tinha. 
Mantendo a calma e me movendo apenas para que o sensor reacendesse a luz, resolvi pegar o telefone celular mesmo não acreditando que iria ter sinal mas felizmente eu estava errado e consegui ligar para o albergue e ver que eu havia passado e muito do local mas era a única coisa que eu poderia fazer, ainda restavam os cães, imóvel e me utilizando do meu farol vigiava a movimentação dos meus intimidadores e depois de latir uns 5 minutos eles foram se voltando para o mato de onde saíram – Ufa!! 
Voltei e consegui encontrar o bendito albergue, já eram 22h e eu estava sujo, cansado e com fome.
Felizmente a, muito gente boa, Sofia ao ver meu estado se prontificou a fazer x-tudo que devorei rapidamente. Mais uma noite de sono profundo.

Terceiro dia – Odômetro inicial do dia 252KM
Depois do café da manhã, incluído na diária de R$18.00, fui verificar como poderia aperfeiçoar a “gambiarra” e resolvi redistribuir o peso da bagagem e ganhei assim uma mochila que a partir de agora me faria companhia presa ao guidon.
Mais curiosidade de alguns surfistas hospedados e sigo meu caminho.
Terceira baixa – não percebi que o óculos de sol caiu de cima dos alforges na grama e passei por cima do mesmo transformando-o em uma escultura pós moderna.
Na estradinha tive uma surpresa, um bicho-preguiça, preguiçosamente, ao meu ver, tomava sol no meio da estrada. Parei para tirar uma foto e neste meio tempo surgiu um morador local que já acostumado com o bicho naquela perigosa posição agarrou no cangote da criatura e colocou-o cuidadosamente nos galhos de uma árvore.



Feliz, pois as histórias que teria pra contar se multiplicavam voltei para a BR e ao passar por Boiçucanga me deparei com a temida serra que me levaria para Maresias. 
Ao começar a subir (empurrando) fui alcançado por duas garotas que também passavam o mesmo martírio carregando, entre outras coisas, meia melancia e litros de leite (Mais curiosidades) e me incentivavam a continuar subindo. 
Elas ficaram no meio da subida e eu tinha a pior parte do percurso pela frente.
Sofrimento a parte a descida foi excelente fazendo a adrenalina disparar ao ver o velocímetro marcar rapidamente 72KM/H e tendo que frear pois as curvas chegavam também muito rapidamente.
Quarta baixa - o par de tênis que estava separado para as pedaladas literalmente abriu o bico. Pelo menos diminuiu o peso.
Depois de Maresias o sobe e desce da estrada tornou-se constante fazendo com que neste dia eu ficasse mais tempo empurrando do que pedalando.
Fui ultrapassado por uma ciclista que me cumprimentou no seu percurso de ida e novamente na volta.

Praia de Calhetas com Ilhabela ao fundo a esquerda

Muitas horas e poucos quilômetros depois cheguei a São Sebastião e peguei mais uma vez a balsa que também não cobra nada (de pedestres e ciclistas) até Ilhabela.
Encontrei um Hotel com um preço razoável por ser de frente a praia (R$30,00), ter TV a cabo, ar-condicionado e varanda, mas na noite eu descobriria o porque, os carros que passam entre a praia e o hotel parecem estar passando dentro do quarto.
A noite sai pra comer alguma coisa e passei um certo carão ao ver a cara de espanto do garçom ao perceber que comi sozinho uma pizza inteira.
Tudo bem, novamente cansado e de barriga cheira nem vou ser muito incomodado pelos sanguinários borrachudos.

Quarto dia
Dia de realizar um sonho antigo – Trilha para Castelhanos!!!
Sem bagageiro e com uma mochila nas costas saí alucinado para enfrentar os 19KM de ida até o outro lado da Ilha e nem me dei conta que havia esquecido o odômetro no hotel, coisa que não me proporcionou a verificação da velocidade na descida.
Ainda sentia o cansaço e o despreparo e empurrei em grande parte do percurso mas na alucinante descida parei umas duas vezes pra descansar os dedos nos freios que tinham que segurar a bike pra eu não desbarrancar morro abaixo.
Deixei a bike num dos bares da praia e fui dar uma volta na praia prometendo ao garçom que comeria alguma coisa ali na volta e levei uma Coca.
Tinha intenção de ir a cachoeira na trilha no canto esquerdo da praia, mas preferi me poupar para a volta e já conhecia a mesma. Mas pra quem não conhece eu realmente recomendo.
De bobeira na areia lembrei que não havia pegado dinheiro, a sorte foi que do dinheiro que deixei a mão havia algumas moedas que pagaram justamente a coca e me fez explicar a situação para o garçom que já preparava uma mesa ao me ver retornar.
Repeti o procedimento que fiz para vir e cheguei ao hotel com a feliz sensação de sonho realizado.

Quinto dia
Folga!! Pedalei apenas 22KM para ir e voltar da praia do Curral onde passei o dia estirado na areia.

Sexto dia – Odômetro inicial do dia 301KM
Na maratona de refazer a gambiarra no bagageiro e colocar os alforges conheci um Senhor no corredor do hotel que com um português misturado com espanhol veio conversar comigo e contar que também era cicloturista e nesta viagem atual havia pedalado 9000KM em 9 meses pela Argentina e Chile, mas que também já havia cruzado a África.
A bicicleta dele, uma Koga-Miyanta (até então eu nunca tinha ouvido falar nesta marca), a primeira vista não tem nada de diferente das conhecidas Barra-Forte além do bagageiro dianteiro e protetor dos raios da roda dianteira que indica a grande possibilidade de carga da mesma.
Conversamos rapidamente, pois eu tinha um longo caminho e ele iria para Castelhanos, até que iria gostar de saber mais destas aventuras.
Seguindo por Caraguá não tive muitas dificuldades nesta parte do caminho e próximo Ubatuba fui alcançado por um cara de bike que queria matar sua curiosidade e para minha surpresa o mesmo lembrava muito um amigo meu só que engraçadamente era loiro. Muito gente boa e curiosidades a parte ele me guiou por algumas pousadas até que eu me estabelecesse.

Sétimo dia – Odômetro inicial do dia 409KM
Quinta baixa – esqueci uma bermuda na pousada e na mesma meu RG e as chaves dos cadeados.
Saindo de Ubatuba seguia com Sol na cabeça e a maior dificuldade foi a subida que marca a divisa dos Estados de São Paulo e Rio. 
Antes da mesma fui ultrapassado por um casal de ciclistas que surgiram do nada. Estas aparições dão um certo susto quando subitamente você ouve um Olá na sua orelha. 
Pouco a frente fui alcançado por outro ciclista que me acompanhou enquanto queria matar sua curiosidade e me dar umas palavras de apoio. 
Depois de poucos quilômetros o mesmo tomou o caminho contrário retornando a Ubatuba. Encontrei novamente o casal desta vez retornando que me cumprimentaram com o mesmo entusiasmo da ida.
Chegando na entrada para Trindade me preparei para a cansativa ladeira a frente e depois de uma hora e 3KM depois cheguei ao topo e me deliciei com a instigante descida que convida a deixar a bike acelerar até desenvolver grandes velocidades. Preferi manter a cautela.
Estabelecido em Trindade comi o que seria a segunda refeição de verdade com arroz, feijão e um bife delicioso por R$6,00.
A noite fui premiado com um acontecimento astrológico daqueles que acontecem a cada centenas de anos e que trouxe a Lua para o ponto mais próximo da Terra e não tinha uma nuvem no céu. Andei pela praia sem precisar fazer uso do meu farol-lanterna e fiquei durante horas apreciando este espetáculo.

Oitavo dia
Fiquei em Trindade e fui fazer um trekking para conhecer a “Pedra que engole”, para minha sorte haviam algumas crianças brincado no local e me mostraram o porque deste nome deitando no leito do rio sobre uma pedra e deixando-se escorregar para dentro dela saindo risonhamente do outro lado da mesma.
Curti um pouco a praia e fui dormir cedo.

Nono dia – Odômetro inicial do dia 484KM
Dia do percurso mais curto, cerca de 24KM até Parati, mas ainda tinha que vencer novamente a grande subida. Novamente 1 hora e 4Km depois cheguei ao topo e me preparei para a descida. Quando fiz o caminho inverso percebi que logo no inicio eu poderia deixar a bike acelerar e foi o que fiz chegando a impressionantes 77KM/H com uma bike totalmente carregada e em dois minutos depois eu chegava novamente a BR101.
Percurso fácil até Paraty onde me estabeleci no Albergue da Juventude e sai para conhecer alguma coisa a mais da cidade.
Ao retornar uma surpresa, o Senhor que conheci em Ilhabela também se hospedou no Albergue mas quase não conversamos neste dia.

Décimo dia – Odômetro inicial do dia 509KM
Comecei a me preparar para meu percurso mais longo e o Senhor também fazendo o mesmo e descobri que iríamos para o mesmo lugar (Angra dos Reis), porém ele não se mostrou muito interessado em ter acompanhante, o que eu também não queria pois imaginava que o ritmo dele seria mais forte que o meu apesar de sua idade e também porque eu queria fazer o passeio sem me prender em alguém.
O Senhor, que agora sabia seu nome – Josef, saiu e uns 10min. depois foi minha vez.
Alguns quilômetros a frente percebi a bicicleta de Josef parada no lado oposto da estrada, aparentemente ele estava no bar que havia ali. 
Prossegui depois de um tempo fui alcançado por Josef e passamos a andar por um tempo juntos até que ele parou para comer e eu resolvi prosseguir.
Cerca de 500 metros antes da Usina Nuclear começou a cair uma chuva fina que me obrigou a parar e me preparar para uma chuva mais forte, mas não foi o que aconteceu e 500 metros após a Usina a chuva parou. 
Foi a única vez que peguei chuva.
A uns 15KM antes de Angra fui novamente alcançado por Josef e eu estava cansado, mas resolvi acompanhar o ritmo dele. 
Quase com a língua enrolando na roda Josef resolveu parar e eu não tinha condições de prosseguir naquele ritmo aceitei de imediato. 
Josef percebendo meu sofrimento me ofereceu um drops chamado Dextro Energy e me garantiu que não era nenhuma droga, apenas açúcar de uva que repõe rapidamente a energia e realmente me ajudou nos últimos 5KM. 
Conversando com Josef sobre meu destino ele resolveu me acompanhar até a Ilha Grande e assim pegamos uma escuna que estava saindo para a Ilha. 
A Barca oficial que faz este percurso duas vezes ao dia ao preço de R$4,25 já havia saído por isso pagamos R$10,00 para ir de escuna.
Chegamos na Ilha já a noite e procurando o Albergue da Juventude acabamos indo parar em uma pousada de nome Albergue mas acabamos ficando ali pois o preço estava mais em conta do que no verdadeiro Albergue.
Antes de chegar na pousada Josef me informou que precisava parar em um mercado para fazer algumas compras e para minha surpresa suas compras se resumiram em uma garrafa de 51 que ele secou em um dia e meio. 
Ele é uma figurinha muito rara, com 58 anos, fumando cachimbo e com grande bagagem de conhecimento me contou várias de suas passagens e também como fazia para se virar no dia-a-dia.

Josef

Entre outras coisas me mostrou um tipo de meia que envolvia sua caramanhola e molhada mantinha a mesma gelada devido a evaporação da água e também reparei que seu chinelo tipo papete era da Shimano e funcionava como sapatilha fixando-se ao pedal.
Conversamos sobre o que ele achava do Brasil e que era totalmente diferente a imagem que os europeus tem, de que aqui em todo lugar, a toda hora se encontra gente dançando na rua.
Também percebi sua preocupação com a água que consumia pois perguntava se a mesma era “cozida” (fervida) sempre que não tinha certeza da origem da mesma.

Décimo primeiro dia
Fizemos um passeio de Escuna até a chamada Lagoa Verde onde se vê muitas estrelas do mar e uma água muito bonita.
Não teve pedalada hoje.

Décimo segundo dia
Josef iria para Angra para dar prosseguimento a sua viagem e nos despedimos no cais onde eu fui fazer o único caminho possível de bike que era ir até o outro lado da Ilha.
A estrada lembra muito a de Castelhanos, mas com muitos cacos de azulejos quebrados por todo o percurso. 
Como a calibragem dos meus pneus estava baixa tive o primeiro pneu furado, que consertei rapidamente e terminei meu passeio.



Nos próximos dois dias fiquei na Ilha fazendo trekking para conhecer muitas de suas praias antes de retornar para casa. Vale muito a pena conhecer a Ilha Grande, muito bonita.

Retornei então para o Continente, peguei um ônibus para o Rio em que o motorista me cobrou a bagagem no valor de uma passagem R$10,00 por causa da bicicleta. 
Em cada lugar e/ou companhia existe um procedimento a ser seguido como pagar bagagem, suborno ou ser solicitada a nota fiscal da bike, portanto esteja preparado para tudo.
Na Rodoviária Grande Rio não tive nenhum problema em adquirir a passagem e embarcar no ônibus para Sampa. 
Chegando em São Paulo fui impedido de entrar no Metrô pelo simples motivo de que não é permitida bicicleta, apenas na caixa. 
Bom, meu último pedal até em casa no Cambuci e assim termina minha aventura.
Odômetro Final 610KM

Nenhum comentário:

Postar um comentário